Brincadeiras a flor da pele

marcos-e-emilly-dedoA parte legal da história, é quando nós estamos sendo o causador da corneta, brincando a custa dos outros, dando boas gargalhadas, diversão pura ao passo que do outro lado, está uma pessoa constrangida por mais um “hã”? Por mais um lapso de memória, ou por mais uma atitude engraçada, errada, ou até fora dos padrões, tidos como normais. Num momento destas brincadeiras, me ocorreu estar do outro lado, na pele da pessoa que estava sendo o motivo da chacota e observei que ela ficou constrangida, se intimidava, ficava mesmo sem jeito, tal como um animal acuado. Foi como um bicho qualquer sendo perseguido, pra ser devorado. Aquela cena real tocou o meu coração. Quando por um lado, quem manifesta a surdez, dá sinal de que não quer ouvir, fica a pergunta, mas foi ouvido, em seus sinais, naqueles que emitiu, pedindo socorro, como num sinal de fumaça, numa tribo isolada? Não nascemos com um manual de instruções, mas sim, “vai lá e faz”! Num apelo quase surdo e mudo, as minorias gritam por socorro e não são ouvidas, estas minorias, estão dentro de casa, ao nosso lado à mesa, no acento do ônibus, mais próximas do que podemos pensar. As emoções e as brincadeiras estão à flor da pele. Vamos atravessar a rua larga das emoções e ver, como estão as pessoas miradas por nós, em atitudes e chacotas desrespeitosas? Uma simples brincadeira pode ter ferido uma pessoa, que já vem a muito sofrendo, e mais uma paulada da vida, como o bulling, a pressão psicológica, verbal, e emocional, pode estar sepultando a criatividade de um ser que merece ser ouvido, compreendido e por que não, amado? Problemas emocionais, distúrbios, esquecimento, baixo Q.I.  , deslocamentos variados de qualquer ordem, todos nós os temos, de algum jeito. Se prestarmos mais atenção, às pessoas ao nosso redor, constataremos seres preciosos, querendo e necessitando de mais atenção, carinho e um pouco de mais de oportunidade ao nosso lado. Usando uma linguagem espírita: uma pessoa que você viu hoje, pode ser seu pai ou mãe, irmão, você consegue saber qual foi o século anterior, em que você o viu pela última vez? Ou, então, veja à frente: depois desta encarnação, quando retornará a vê la de novo? Não sabemos. Então, valorize a presença desta criatura divina no momento do agora. Ao invés de risada de menosprezo, dê lhe um abraço de boas vindas, ou um sorriso de “tamo junto”, ou de também sou assim…
Não quero que alguém se sinta mal na minha companhia, pelo contrário, que diga, passei um dia agradável, ao lado de quem ouviu-me o coração e a mente. Somos anjos sem asas, precisamos que nos amarrem às nuvens, pra termos a sensação de voar em liberdade e segurança, num céu de emoções sem limites.
Continue respirando…