Com todos menos comigo

Tirei umas notas não muito agradáveis na escola, e fiquei todo”estranho”, logo, pensei: e os outros como estão, como que aconteceu com aqueles que já concluíram?

Até me comparei com uma colega, tipo:”se aquela conseguiu, eu também consigo”. Depois percebi que estava a menosprezá-la. Por alguns dias, fiquei pensativo, se seria reprovado. Conversei com outro colega e me contou que vivenciou a mesma experiência. Me senti melhor.

Quando transformações começam a se suceder conosco, no organismo, no trabalho ou em qualquer outro âmbito, achamos que somos únicos, e ao conversar com outras pessoas, vimos que, os escolhidos, foram todos aqueles que andam com os dois pés, ou seja, os humanos do mundo inteiro. Não somos solitários com os nossos probleminhas, andamos aos pares com a cabeça fervendo.

Ao perceber que não é só comigo, tudo ficou mais leve. Voltei a me ver com normalidade. Quase fui ao terapeuta. Entendi que é normal com principiantes, como no meu caso. Mas, quero evoluir.

Se todas as pessoas, que enfrentam algum problema, buscassem ajuda, de alguma forma, teríamos menos pessoas mal resolvidas, menos suicídio, e mais gente feliz.

O que te incomoda hoje? Dívidas, metas, relacionamentos, filhos, marido, esposa? Seja lá o que for, a pessoa que senta ao seu lado no ônibus, vive ou viveu algo, citado aqui. Então, relaxa!

Quando você se livrar disto, virá outro! Simples assim. Claro que terá muitos momentos de paz e alegrias. Não desejo que você viva os desastres, que os outros que você conhece, já viveram, não é isto. Mas, as questões rotineiras que qualquer humano vive, você viverá.

Meu enfoque aqui é: converse, troque ideias, vá ao terapeuta, não sofra estes horrores, na sua cabeça, sozinho. Muita situação é mais tempestade em copo d’água, do que realmente um problema. O mundo é muito grande pra você, passar por isto sozinho e não dividir, no sentido de resolver, ou pelo menos desabafar.

Mas, por favor, não ande por ai, de mimimi, peça ajuda, só não alugue ninguém.

Os suicídios, são pedidos de ajuda, que não foram ouvidos. Estes pedidos foram sutis, não foram diretos, não foram entendidos, percebidos.

Não custa nada falar, ouvir e também respirar.

Continue respirando…