Personagens da mente

Imagem extraída da internet

Nas minhas vivências,  eu tomo bastante tapas na cara, mas aprendo muito. Na aula de yoga Kaiuti, eu me toquei que eu crio personagens dentro do meu coração  e da minha mente. Crio cenas onde eu mesmo sou autor,  diretor, contraceno com eles, e em alguma cena, ainda sofro, como em qualquer novela mexicana. A partir desta percepção,  eu comecei a destruir estes personagens,  de pessoas reais, mas que de uma situação,  criei episódios e sustentei na minha mente. Pra ser mais claro, vou dar um exemplo: na minha infância, tive vários problemas em família e ” construí” pais na minha peça teatral.  Criei monstros e os alimentei. E isto me trouxe problemas de toda ordem, pra vida adulta. Com este “estalo” estou desconstruindo  meus pais fictícios,  namoradas que tornei deusas, amigos e colegas demoníacos, que só existem no auge das minhas emoções.  Estas pessoas têm existência, mas eu construí, a partir das experiências  vividas  com elas, alguns personagens.  A carência afetiva, a rejeição  e dogmas, fazem com que isto aconteça. Então, na minha nova descoberta, joguei os pais fictícios  no rio, penhasco, pelo ralo, queimei,  desconstruí e os neguei de toda a forma. Não são verdadeiros, mas imaginários.  Fiz e vou continuar fazendo este processo. Desconstruir criações fenomênicas. Preciso esclarecer que amo, reverencio, e respeito estas pessoas. Isto porque  a essência delas é real, perfeita e merece esta consideração,  porém,  a minha criação sobre eles é que precisa ser repensada. E vista de forma adequada.  Qualquer cena que venha a mente eu as jogo no rio Santana,  que faz divisa com as terras da minha família, em Cambara do Sul- RS. O que constatei  é que estas cenas, já começaram a diminuir de intensidade. Passam a ter menos importância.  E vou tratá-las, eliminá-las, até que enfim, sejam totalmente descarregadas da minha mente e coração.  Eu criei estes monstrinhos, eu tenho o poder de descria-los. Pra encerrar, tem de querer resolver.  Não finja contra você mesmo. Aí não tem Deus que acuda. Boa sorte e desejo êxito nas suas desconstruções.

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