1808

Acabei de ler nesta última madrugada, o livro 1808, de Laurentino Gomes, que conta a vinda de D. João VI para o Brasil, quando Napoleão Bonaparte, anunciava invadir Portugal. D. João VI que era medroso, tinha a mãe, a rainha louca, D. Maria I, impossibilitada de governar. Lendo este livro, que não se propõe ser um documentário, mas as suas informações são muito precisas, conseguimos entender  o cenário atual do nosso país. A roubalheira, desorganização, prostituição e a falta de planejamento, vêm já dos séculos passados. A igreja católica, têm  uma enorme fatia de culpa, neste caminho tortuoso, por ter proibido com a cegueira da coroa portuguesa, que a ciência se desenvolvesse, não era permitido novos estudos, inclusive, um filho da rainha louca, teria morrido de varíola, que não permitiu que o filho fosse tratado, por pura “carolice”. Numa breve separação do governo com a igreja católica, houve um crescimento espantoso. A politicagem,  vêm de muito tempo, atrasando o Brasil, quando D. João VI, fugiu de Portugal, e veio com uma trupe de aproximadamente 15.000 pessoas para o nosso país, pessoas aqui, foram tiradas de suas  casas, pra alojar funcionários da coroa, e demais amiguinhos que fugiram juntos, em troca de favores. Deixando de lado os crimes políticos, lendo o livro 1808, me identifiquei com este povo em vários momentos, não sei se estava aqui ou lá,  mas devo ter vivido isto na pele, de alguma maneira. Se, fui vítima ou algoz, por  mim é quase impossível saber. Vendo a foto de Carlota Joaquina, que era esposa de D. João VI,  maquiavélica, e horrivelmente feia, a considerei muito parecida fisicamente, e de gênio, com uma colega de trabalho, aqui no nosso estado, seria ela a Carlota reencarnada? Coincidências, “achismos”, e conclusões à parte, o livro é bom, merece não só ser lido, como estudado. O próprio autor considera que a fuga de D. João VI, para o Brasil foi boa, mas da minha parte, acredito que a maneira desonesta, desordeira, e os modelos daquela época, continuam até hoje tirando as nossas riquezas, a nossa inteligência, e ainda prejudicando dos escravos daquela tempo, aos menos possibilitados de hoje. Aliás a escravidão foi outra marca horrenda do Brasil colônia. Cabe a cada um de nós, ler, estudar, e buscar, com a nossa própria cabeça, as melhorias de que precisamos. Quando a mudança  acontecer  nos nossos corações, assim o será, também em todos os outros setores, no cenário político, religioso, e econômico. Leiam  este livro, vale quanto pesa! São 414 páginas.
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