Nos raros momentos, em que se aproveita algo que a programação da TV oferece, eu captei uma mensagem, que uma música, queria passar aos seus ouvintes. Tom Zé num momento de extrema inspiração, consegue expressar a realidade brasileira, disfarçada em canção, aliada à uma boa música. Isto mais me parece psicografia, ou pelo menos obra de uma mente muito brilhante. A letra desta canção, retrata o cenário em que vivem os coronéis, o que eles impõem aos seus súditos, e o que fazem com eles próprios, às vezes até sem se darem conta, tamanha a sua ignorância espiritual, apenas em busca de fama e riqueza, que lhes dará poder. Os tais coronéis como mostra a música, não são felizes, apesar deste poderio econômico. A canção pergunta: “ com quantas mortes no peito, se faz a seriedade?” Ou seja, são respeitados por medo, por imposição e força, e nunca por livre vontade dos oprimidos. Não foram eleitos democraticamente coronéis, nem se tornaram líderes, por terem feito alguma benfeitoria, foi destruindo famílias, e desgraçando vidas, calando bocas, e conseguiram todo o poder. Considero grandioso, o verso, em que o intérprete indaga:” com quantos quilos de medo, se faz uma tradição?” O medo imposto à estas pessoas, é tão sufocante, que pode ser medido em quilo/força, porque realmente é pesado em demasia. Numa outra estrofe, ele canta: “ senhor cidadão, temos algo até parecido. Os nossos dentes são feitos do mesmo barro, e da mesma cor. Os meus trazem sorrisos, ao passo que os seus, só servem pra morder. Considero esta letra, uma realidade brasileira, mas de exclusividade deste país. Mas, mostra algo particular, onde as maiorias, oprimem a minoria. Esta situação é mundial, mas encontrada onde não existe educação, cultura e direitos humanos iguais. Discursos variados, mas atitude nenhuma. Uma letra de tamanha expressão, não pode vir de uma mente qualquer, mas de uma representação muito elevada da cultura universal. A música a que me refiro, se chama: “ Senhor cidadão” de Tom Zé, e é trilha sonora, da novela Velho Chico, da TV Globo. Retrata a dura situação, defrontada por aqueles que vivem, as margens do Rio São Francisco, sendo vítimas de coronéis inescrupulosos, que exploram sem nada dar em troca. A música é cantada em tom responsarial, onde um fala, e outros repetem. Sem dúvida, esta interpretação do cantor, poderia concorrer a música do ano. Me fez bem ouvir a referida canção, tanto que resolvi escrever, esta breve crônica, pra propor alguma reflexão. É claro, que o motivo real da letra, propõe muito mais, do que o meu cérebro consegue expressar, mas a tentativa por hora, já é válida.
Ouça a canção e tire as suas conclusões.
Continue respirando…
jul 9 2016
Senhor cidadão
Nos raros momentos, em que se aproveita algo que a programação da TV oferece, eu captei uma mensagem, que uma música, queria passar aos seus ouvintes. Tom Zé num momento de extrema inspiração, consegue expressar a realidade brasileira, disfarçada em canção, aliada à uma boa música. Isto mais me parece psicografia, ou pelo menos obra de uma mente muito brilhante. A letra desta canção, retrata o cenário em que vivem os coronéis, o que eles impõem aos seus súditos, e o que fazem com eles próprios, às vezes até sem se darem conta, tamanha a sua ignorância espiritual, apenas em busca de fama e riqueza, que lhes dará poder. Os tais coronéis como mostra a música, não são felizes, apesar deste poderio econômico. A canção pergunta: “ com quantas mortes no peito, se faz a seriedade?” Ou seja, são respeitados por medo, por imposição e força, e nunca por livre vontade dos oprimidos. Não foram eleitos democraticamente coronéis, nem se tornaram líderes, por terem feito alguma benfeitoria, foi destruindo famílias, e desgraçando vidas, calando bocas, e conseguiram todo o poder. Considero grandioso, o verso, em que o intérprete indaga:” com quantos quilos de medo, se faz uma tradição?” O medo imposto à estas pessoas, é tão sufocante, que pode ser medido em quilo/força, porque realmente é pesado em demasia. Numa outra estrofe, ele canta: “ senhor cidadão, temos algo até parecido. Os nossos dentes são feitos do mesmo barro, e da mesma cor. Os meus trazem sorrisos, ao passo que os seus, só servem pra morder. Considero esta letra, uma realidade brasileira, mas de exclusividade deste país. Mas, mostra algo particular, onde as maiorias, oprimem a minoria. Esta situação é mundial, mas encontrada onde não existe educação, cultura e direitos humanos iguais. Discursos variados, mas atitude nenhuma. Uma letra de tamanha expressão, não pode vir de uma mente qualquer, mas de uma representação muito elevada da cultura universal. A música a que me refiro, se chama: “ Senhor cidadão” de Tom Zé, e é trilha sonora, da novela Velho Chico, da TV Globo. Retrata a dura situação, defrontada por aqueles que vivem, as margens do Rio São Francisco, sendo vítimas de coronéis inescrupulosos, que exploram sem nada dar em troca. A música é cantada em tom responsarial, onde um fala, e outros repetem. Sem dúvida, esta interpretação do cantor, poderia concorrer a música do ano. Me fez bem ouvir a referida canção, tanto que resolvi escrever, esta breve crônica, pra propor alguma reflexão. É claro, que o motivo real da letra, propõe muito mais, do que o meu cérebro consegue expressar, mas a tentativa por hora, já é válida.
Ouça a canção e tire as suas conclusões.
Continue respirando…
By Paulo Sérgio Santos • Cidadão • 0