Costumo dizer que não sou especialista em nada, mas curioso, estudioso de tudo. E nas crônicas que escrevo, relato situações minhas e de outras pessoas, sem apontar nomes para evitar constrangimento. Participei há alguns anos atrás de uma prática do silêncio numa filosofia, da qual fiz parte, durante dezoito anos, não participo mais, mas aprendi muito, me ajudaram . Na ocasião em silêncio, transcrevendo a sutra, a mente fez um barulhão insuportável. Trouxe lembranças, mexeu com sentimentos antigos, medos e as emoções das mais variadas. Foi uma limpeza que só vendo pra acreditar. Esta prática na ocasião, me fez arrumar as malas para ir embora, não fui por que a noite não tinha como, no outro dia acordei atrasado e a cabeça e o coração em desalinho.
Sempre tive muito medo de cobra, e ainda tenho algumas restrições, mas naquela ocasião, propus a minha reconciliação com as cobras, respeito e uma boa distância, afinal, são seres que agem sob situações de risco e autodefesa. Que bom que nunca houve nenhum incidente, agora sempre peço licença aos espíritos que cuidam da natureza, desta forma sou protegido. Aprendi com outros mestres, que pra aquietar a mente, podemos falar palavras sem nexo, sem sentido pra descarregar a mente, sílabas soltas pra aliviar o barulho mental, e funciona muito bem. Naqueles momentos em que a mente traz muitas “sugestões” e a cabeça pira, é a hora de usar esta técnica, é alivio imediato.
Têm se falado ultimamente no desabafo, dividir com as outras pessoas os nossos problemas e que isto alivia o coração. Santo remédio, apenas acho que não devemos fazer isto com qualquer pessoa em qualquer lugar, pra não se expor de forma indevida, nem todos são discretos e respeitosos.
Ao verbalizar também é válido refletir antes de abrir a boca, conteúdo, nível de voz, ainda a hora de parar e o quanto falar. Gente que fala de mais é chata.
Não fique muito calado, pra que a sua mente não resolva “falar” por você e por ela ao mesmo tempo, isto dá uma barulhão que você não suportará. Portanto, busquemos o equilíbrio também entre o falar e o calar
Continue respirando…
jun 6 2013
Bocas caladas mentes barulhentas
Costumo dizer que não sou especialista em nada, mas curioso, estudioso de tudo. E nas crônicas que escrevo, relato situações minhas e de outras pessoas, sem apontar nomes para evitar constrangimento. Participei há alguns anos atrás de uma prática do silêncio numa filosofia, da qual fiz parte, durante dezoito anos, não participo mais, mas aprendi muito, me ajudaram . Na ocasião em silêncio, transcrevendo a sutra, a mente fez um barulhão insuportável. Trouxe lembranças, mexeu com sentimentos antigos, medos e as emoções das mais variadas. Foi uma limpeza que só vendo pra acreditar. Esta prática na ocasião, me fez arrumar as malas para ir embora, não fui por que a noite não tinha como, no outro dia acordei atrasado e a cabeça e o coração em desalinho.
Sempre tive muito medo de cobra, e ainda tenho algumas restrições, mas naquela ocasião, propus a minha reconciliação com as cobras, respeito e uma boa distância, afinal, são seres que agem sob situações de risco e autodefesa. Que bom que nunca houve nenhum incidente, agora sempre peço licença aos espíritos que cuidam da natureza, desta forma sou protegido. Aprendi com outros mestres, que pra aquietar a mente, podemos falar palavras sem nexo, sem sentido pra descarregar a mente, sílabas soltas pra aliviar o barulho mental, e funciona muito bem. Naqueles momentos em que a mente traz muitas “sugestões” e a cabeça pira, é a hora de usar esta técnica, é alivio imediato.
Têm se falado ultimamente no desabafo, dividir com as outras pessoas os nossos problemas e que isto alivia o coração. Santo remédio, apenas acho que não devemos fazer isto com qualquer pessoa em qualquer lugar, pra não se expor de forma indevida, nem todos são discretos e respeitosos.
Ao verbalizar também é válido refletir antes de abrir a boca, conteúdo, nível de voz, ainda a hora de parar e o quanto falar. Gente que fala de mais é chata.
Não fique muito calado, pra que a sua mente não resolva “falar” por você e por ela ao mesmo tempo, isto dá uma barulhão que você não suportará. Portanto, busquemos o equilíbrio também entre o falar e o calar
Continue respirando…
By Paulo Sérgio Santos • Bocas • 1