O monge Juan Pablo

Imagens extraída da internet

Não há nada que justifique deixar de amar um irmão, com esta frase, eu voltei do Uruguai, de uma viagem terapêutica, disposto a tomar algumas atitudes, na minha vida pessoal. Algumas pessoas do meu convívio, me afetaram em posturas, que tiverem comigo, e eu me afastei delas. Estas criaturas divinas, com quem eu já tive problemas, e que depois de várias tentativas e novos problemas, eu resolvi me afastar, foram meus “professores” de jornada. Estando num local chamado “Centro Mariano” na região do Salto, no Uruguai, logo que percebi um senhorzinho, de semblante meigo e significativo, mais parecia um antepassado, fui falar com ele, pedi pra tirar uma foto e já tive a primeira lição quando ele me disse: “que não poderia, deveria ser obediente”. Dei sequência à nossa conversa, me falou sobre conviver, compartilhar, amar e perdoar, quando ouvi a frase mais impactante da nossa troca. “Não há nada que justifique deixar de amar um irmão”. E aí lembrei-me de traições, brigas, ofensas, falta de compreensão e reconhecimento, o que em outros momentos, eu vivenciei com pessoas que são muito caras pra mim. E resolvi perdoar algumas “cachorradas” que me fizeram. Por que, afinal, nenhuma atitude maldosa, que tenham feito contra mim, deveria ser motivo, pra deixar de amar um irmão, seja ele quem for. Irmãos aqui, podem ser os de sangue, como de espírito, e aí toda a humanidade. Isto me fez refletir, me emocionei muito, aliás, uma emoção, nunca vivenciada antes, e com tanta verdade envolvida, naquelas lágrimas. Se, a gente for entender, o que se passa na cabeça do ofensor, temos a oportunidade de entender, e ir além, chegando ao ponto de compreender os motivos de cada um, que são bem pessoais e importantes. Há uma escala evolutiva, cultura, hábitos, e o meio em que se vive, faz com que as tais atitudes, sejam tidas como verdadeiras pra estas pessoas. “Quem anda com morcego, acha normal dormir de cabeça pra baixo”. Ainda ao escrever esta crônica, voltei a me emocionar, com as palavras de Juan Pablo, o monge a quem me refiro. Se, não há nada que justifique deixar de amar um irmão, então, a ofensa, a raiva, palavras mal ditas, e tantas outras situações, são menores, que o amor que se deve ter por um irmão. Meu coração, ficou mais leve, depois daquelas palavras, e num determinado momento, então, as lágrimas limparam o meu coração. Ao voltar do Uruguai, sabia que poderia me esquecer das promessas feitas por lá, logo que cheguei, comecei a tomar algumas atitudes, no sentido de perdoar. Comecei a fazer a oração do perdão. E bem aos poucos, estou agindo no sentido de limpar completamente a mente e o coração. O ego surge, as lembranças amargas fazem reviver. Mas, a minha decisão de vencer na direção da minha nova postura, é ainda mais forte. Vou perdoar e pronto!

Não acredito em mudanças de um dia para o outro, mas pequenas mudanças diárias, vão aos poucos moldando o novo ser. Eu sou um novo cara, tentando implantar uma nova pessoa, nesta que já existe. Toda vez que me lembro, de algo, vou perdoando, enviando energia positiva. Transmutando, aceitando e deixando ir. Perdoar não é brincadeira de roda, mas a roda anda melhor, quando se tem nas engrenagens, o óleo do amor e do perdão. O assunto perdão é antigo, já ouvi frase do tipo: “amolece o coração”. Tudo ao seu tempo, e este já está menor, tanto que algumas “marcas” começam a me afetar. Ainda não quero conviver com aquelas pessoas, talvez não o queira mais, mas perdoar é fundamental, pra prosperar, ter saúde e outras bençãos a mais na vida.
Continue respirando…