jun 13 2013
Viver com menos
Mais uma vez nas minhas leituras de jornais, tenho sugestões de crônicas. Uma simples frase do texto, já me inspira à escrever um texto inteiro. A cronista discorria sobre a chegada da sua menopausa, onde a médica a orientava sobre sua saúde, e dizia que ela se acostumasse a viver com menos.
A minha interpretação é a seguinte: com a chegada da idade, nós seres humanos, já não precisamos viver com tantas posses, as nossas necessidades vão diminuindo em alguns pontos. De acordo com a doutrina Kardecista, a partir de uma certa idade-não vou revelar qual pra você não se apavorar- já começamos a nos preparar para a nossa volta ao plano espiritual. E como sabemos não vamos levar nada de bens materiais, deixamos tudo aqui. Já que é assim, então, não seria bom já ir se desfazendo? Falo isto no sentido de diminuir espaços, pra que casas enormes? Pra que tanto exibicionismo? No plano superior não valerão de nada. Não estou proibindo ninguém de usufruir de suas riquezas, mas o propósito aqui é eliminar o apego, as coisas mundanas, que também são boas, mas podem conduzir a caminhos menos dignos. Um outro ponto desta reflexão é ter casas lotadas com quinquilharias, me refiro a objetos sem valor, penduricalhos, pra que isto? A nossa morada deve ser limpa, espaços bem arejados, harmoniosa no sentido de ter os móveis bem dispostos, sem tranqueira.
Viver com o que necessita, usar bem as posses. Pra que tantos pares de sapatos se, só usamos um par por vez? Pra que salas enormes, se estão sempre vazias e solitárias?
Aprender a viver com menos, pode trazer mais felicidade. Ambientes harmoniosos sem poluição e coisas supérfluas.
Ter posses e saber ser humilde, é uma grande vitória nesta vida fenomênica.
Equilibrar estas duas faces: riqueza e humildade, é lição para uma vida inteira. Quando não temos, então, queremos , mas quando temos não usá-las, ou saber balançear, eis a questão.
Continue respirando…
Silvia Maria Borchartt
13 de junho de 2013 @ 21:03
Muito legal. Parece que estou me vendo, quando li o teu texto agora, até me emocionei, pois me identifiquei claramente dentro dele.
Elaine
13 de junho de 2013 @ 22:47
Adorei. Principalmente nos últimos tempos, tenho pensado muito nisso em função de tantas coisas que aconteceram na minha vida. Não sabemos quanto tempo temos nesta vida. Para que tantos bens, tanta ganância? As pessoas deveriam pensar melhor sobre isso.