abr 18 2018
Estude sem o cabresto na boca
Com o episódio da prisão de um ex-presidente, percebeu-se que as paixões mundanas, ou os comprometimentos espirituais, estão a flor da pele. As pessoas que apoiam a figura central neste caso, cometeram e ainda cometem, passado todo este tempo, atos tresloucados, parecem estar fora de si, em nome de uma ideologia. Acreditam desta forma, mudarem o Brasil. Observou-se agressões físicas, pichação no prédio de uma ministra, opositores tirando o crédito de juízes, tudo em nome deste fanatismo descontrolado. Houve também manifestação, por parte daqueles que são a favor da prisão do tal presidenciável, bem mais comedida. Independente de ser a favor, deste ou daquele, quero tratar deste assunto, pelo aspecto da mente humana, ou seja, as paixões desenfreadas. Estas cenas que observamos, nas ruas e nos veículos de comunicação, muito me parecem com um casal de namorados adolescentes, que estão cada um ao seu tempo, iniciando-se na vida amorosa. Ficam apaixonados, por conta disto, cegos. O objeto da sua paixão, mesmo tendo os piores defeitos, não são percebidos, por conta do descontrole que é causado pela ilusão de amor. No caso da política, alguns sabem e admitem que o seu ídolo roubou, mas se defendem, argumentando que por ter feito algum projeto, então, não se importam, com estas atitudes ilícitas. Outros tantos acreditam, que não houve roubo e que os juízes estão cometendo arbitrariedades. De minha parte, não tenho bandido de estimação, comprovado o roubo , o quero preso, independente de quem seja. Nossos modelos de escolha de candidatos, estão por mais de trezentos anos ultrapassados. O parâmetro é errado por que é cego, idólatra. Idolatramos aqueles que nos roubam, por conta de um apaixonamento inconsequente. Mas, porque acontece isto? Os motes são os mais variados, nem todos consigo evidenciar, por falta de espaço e até conhecimento de causa. Um deles que me ocorre propor reflexão, é que os “apaixonados” não conseguem perceber que o “ídolo”, mudou as suas atitudes no decorrer do tempo, em função do poder, dinheiro e fama. Na verdade, revelou a sua verdadeira personalidade. Já era aficcionado pelo poder, com discurso moralista, apenas pra ludibriar, este perfil de eleitor, menos culto e desatento. Política não é pra amador. Quando me refiro a comprometimentos, quero dizer que estes mesmos espíritos em outras vidas, já estavam juntos nas mesmas ações. E cair na realidade, demora porque, requer maturidade. Tem de ter preparo, e estes visivelmente não o têm. É preciso ter um mínimo de moral, pra entenderem, que o roubo é errado, sob qualquer pretexto. Não tenho condições de analisá-los sob o prisma da medicina ou da psicologia, mas acredito que são doentes, ou ainda que falta algum “parafuso” na cabeça. Ao entrar para as linhas finais desta crônica, eu penso: “será que não me enquadro em algum modelo desta anomalia?” Acredito sinceramente que sim, por estar na condição humana, mas me permito refletir, já mudei de religião, partido político, cidade, profissão e ainda estudo e leio. Sou gente e posso ser louco, mas um louco consciente. Proponho a mesma atitude. Ler e estudar, mas sem o cabresto na boca. Experimente, mas cuidado, pode doer.
Continue respirando…
abr 24 2018
Não critique a minha pratique a sua
TTenho pensado as minhas crônicas, a partir de pontos bastante evidentes, tenho observado as questões religiosas. Com o crescimento de algumas, o desprestígio de outras, vejo as pessoas “batendo boca”, sobre o que é certo ou errado. Discutindo sobre a adoração de imagens, dízimo, quem é melhor, quem está errado, ou o que é certo ou errado. A perturbação que isto causa, quando se recebe uma visita indesejada, e a discussão é levada para o âmbito pessoal. Vi um post numa rede social, que mostrava algo assim:” sua falta de respeito à minha religião, mostra que você não está praticando a sua”. Nos seus princípios, todas as doutrinas são boas, com o passar do tempo, algumas foram distorcidas. Estas que o fizeram, por interesse, ego, poder financeiro, domínio de massa, estão prestando um desserviço, aos seus discípulos, criando grandes dívidas espirituais. Cada ser pensante, que participa de alguma instituição, deve observar, na sua vida pessoal, que resultados está tendo. Sendo honesto consigo, pra ter uma noção, de a quantas anda a sua vida. Uma reflexão sobre a sua existência, pensamentos, atitudes, saúde, analisando ainda aspectos como o financeiro e profissão. Relacionamentos com a família e a vida de um modo geral. Ao buscar uma pauta pra esta crônica, estava pensando sobre pessoas que dão lições de moral nos outros, e não se corrigem. Cometem os mesmos erros, mas, não se apercebem que são iguais, têm um ego tão alto e não enxergam a própria “cauda”. Uma análise de si, por si mesmo, não permitiria dizer: “não fume”, mas ao mesmo tempo, em que está com o cigarro na boca”. Penso que devemos em primeiro lugar, corrigirmos a nós mesmos, pra depois termos moral suficiente, pra discutirmos com os demais. E ai perceberemos, o quão é difícil a devida correção, logo, não haveria intromissão, egoísmo e tantas intrigas por estes motivos. Cada pessoa, está num patamar diferente da evolução, de nada adiantaria “esfregar no nariz”, aquilo que a criatura não quer ver. Por isto, se diz, que o traído é sempre o último a saber. Se não quer ver ou não acredita, deixa ele, existe tempo pra tudo. Sugiro uma nova postura: não discuta, não mostre o que a pessoa não está disposta a ver, apenas faça aquilo que considera certo, analisando os resultados que obtêm. Se, está dando certo, em time que está ganhando não se mexe. Deu errado, logo, terá que mover as peças para o time ganhar. Cada um têm o seu estágio, cultura, grau de escolaridade, vivências, comprometimentos, ideologias. Só vai enxergar, quando chegar a um certo ponto da evolução. Então, não adianta discutir, brigar, mostrar erros, fazer comparações. Deixa a água rolar, quando a mesma água quiser afogá-lo, a criatura aprenderá a nadar.
Continue respirando…
By Paulo Sérgio Santos • Sem categoria • 0